terça-feira, 2 de agosto de 2011

Repulsa

Sinto-me culpada pelo que te aconteceu. 
Podes dizer que não tenho culpa, e que não poderia adivinhar, mas a verdade é que naquele momento quando mais precisas-te de alguém, eu não estava contigo, separada de escassos metros de ti , mas se estivesse mais próximo tudo seria diferente, se pudesse recuar o relógio para traz tudo seria diferente. 



A boca cheia de ódio, os lábios a descarnarem-se num lamento de repulsa, o olhar tão perto da incompreensão,  ao mesmo tempo que se deixa desaparecer no inferno.


Estou a olhar para ti e sinto-me culpada, uma voz a querer colar num sentido de vida todos os fragmentos distorcidos à sua volta, o meu olhar desorientado espreitar em todas as direcções e desconfiada por qualquer acto destrutível para possa vir em nossa direcção, sempre a vigiar-te os gestos repentinoso, os olhos dele submersos no meu olhar, atenta a tudo o que ele dizia e o que nos rodeava como protecção, as palavras a balançarem de infelicidade em infelicidade, viver em castigo numa reviravolta repentina, tu insistente, duro, corajoso como uma arma de calibre 52, fiquei como um louco em queda que se agarra ao medo de quem amedronta,  espírito confuso estou a olhar para ti...


a imagem que me fez cegar perigosamente, o meu alvo estava traçado, a vingança estava em mim, mas tinha uma nova vingança, ao te deixar foi para te proteger e não te abandonar, tinha a sensação de estar a ser comprimida pelo desejo de instalar o caos mesmo sabendo que a minha hipotensão de êxito era baixa, mesmo assim não baixei os braços, lembrei da minha mãe que adoro, larguei umas lágrimas olhei-te novamente e o meu interior se modificou por completo, um desejo fictício e inebriante capaz do pior crime, estonteante avancei levei-te na mente e no coração, esqueci por momentos o meu objectivo mesmo sabendo que me faltava uma peça da encomenda, tinha perdido o que acho que era incapaz de perder a "mente".


sinto-me culpada
executei a perfeita execução, nunca tinha feito nada assim em toda a vida, mas tinha perdido a mente ali já nada me importava não distinguia o certo do errado estava com um sentimento de culpa que me aterrorizava por dentro na minha interioridade, deixando que as mãos fizessem o que tinha de ser feito, o meu olhar estava afinado mas obstruído, não olhava a meios e avança usando todas as forças que tinha para atingir o objectivo que a minha mente tinha acabado de estabelecer, nunca tivemos cuidado com a nossa vida e colocamos sempre a dos outros ou das encomendas em  primeiro.


estou a pensar para ti e sinto-me culpada
sinto uma fixação de remorso,  num acto irreversível, mesmo que quisesse trocar de lado não podia, se pudesse teria sido eu a estar no chão e não tu.

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Posso não ser atraente

Posso não ser atraente, posso não ser inteligente, posso não dizer as palavras certas ou não fazer as coisas certas, mas possuo uma energia invisível que os outros verão. 

Resplandecerei de felicidade como o Sol e espalharei amor por todos quantos se aproximarem de mim. 

Parecerei um sábio a todos os que me encontrarem. Os outros virão de muito longe ter comigo para aprenderem, como se eu possuísse um segredo que apenas alguns guardam. 

Dir-lhes-ei que têm de gostar de gostar de si próprios porque essa é a pedra angular da sabedoria e da felicidade verdadeiras.
 
De que modo posso gostar de mim? Tenho de encarar a minha vida como algo sagrado. Sou especial porque ninguém alguma vez poderá ser a mesma pessoa que eu sou. 

Tenho capacidades e pensamentos que mais ninguém tem, e eles tornam-me valioso aos olhos do mundo. 

Amo o que posso e o que não posso porque sei que estas coisas são únicas para mim. Amo aquilo que disser, porque as palavras vêm do fundo da minha alma. Amo os meus sentimentos, porque vêm do fundo do meu coração.  

Gosto das minhas ações, dos meus pensamentos e dos meus sonhos. 

Posso amar todas as criaturas, posso amar a natureza e posso amar as outras pessoas.  

Se não for feliz, a minha não tem valor.
 
Aprenderei a viver comigo e a gostar de mim.
Aprenderei a viver comigo e a gostar de mim.
Aprenderei a viver comigo e a gostar de mim.
 
Amarei as minhas ações porque a minha forma de agir é única. 

Dizem que possuo capacidades e limitações que transformam as coisas que faço em coisas completamente diferentes das que foram realizadas por alguém antes de mim.

Mas será que vale a pena ser diferente, no mundo e na sociedade actual?

Penso e Pensarei

Penso em ti ao sentir a agua do chuveiro molhar o meu rosto.
 
Ao sentir os raios de Sol iluminar as faces ao nascer do dia.
 
Penso em ti e pensarei nas noites de lua nova. De quarto crescente.
De lua cheia. E de quarto minguante.
 
Penso em ti quando me apetece sobrevoar os Céus.
E penetrar na Alma humana.
 
Penso em ti quando me deito.....quando me levanto.
Nos meus sonhos, caminho lado a lado contigo.
 
Penso em ti a todas as horas desde que te ví pela primeira vez.
 
Existem dias em que a minha vida se resume ( mas engrandece)
 
De ti.....por ti......para ti se algum dia o sonho virar uma realidade.

Ouve

Ouve. A caneta é a tua mente, o papel é a tua história e as palavras são as tuas atitudes. 

A vida é como um livro, e se estás estagnada no teu… Vira a página, se possível muda o capítulo. 

Transforma o enredo. 

Faz o que for, mas não deixes de escrever. 
Lembra-te que um texto com palavras repetidas torna-se cansativo e chato… Então, evita a repetição, procura por novas alternativas, novas possibilidades de escrita.

Tem acesso a tantas oportunidades, a tantas formas de aprendizagem, é só aplicá-las. É só não deixar a tintar acabar.

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DEITADO NA CAMA


Deitado na cama, fumo um cigarro, sinto a brisa a entrar pela janela, o cheio do isenso que está a queimar purifica a minha mente, ao ouvido sinto sussurrares e algumas palavras doces, em alguns instantes, sinto um arrepio na pele, sensação agradável de se sentir.

Pedem-me com um doce sussurrar um minuto, o silêncio estala-se, oiço apenas os sons da música, por instantes oiço a respiração, som esse que me entra pelo ouvido, e o meu cérebro difunde arrepios pelo corpo todo, arrepios não possíveis de controlar pela mente, mas uma sensação óptima de se sentir ao qual não me importaria de sentir a tudo momento.

Faço uma pausa para ler os meus pensamentos escritos na tela do computador, sinto uma vontade enorme de escrever e transpor para a tela o que me vai por dentro, não sou escritor nem busco palavras para o meu tipo de escrita, limito-me a escrever sem pensar, tendo ideia que posso expor tudo que penso ou sinto sem ter a necessidade de o transmitir a ninguém, tenho o telefone poisado no ombro esquerdo ligando oiço os decibéis vindos do mesmo, transmitido por uma voz que me dá arrepios constantes, pressinto que irei dormir com essa voz, com essa pessoa, sentir o seu respirar, imaginar os seus olhos fechados do cansaço enquanto a pessoa viaja pelo submundo do sono eu escreverei o que pode ser um sonho.

Imagino-me a tocar-lhe na pele, percorrer-lhe todas as linhas o seu rosto com os meus dedos, com toques suaves, libertar todo o carinho que acumulo por dentro e não o passo para o lado de fora, apenas em imaginar isto o cérebro bloqueia-me as palavras a escrever, terei eu esse dia em que o sonho se torne realidade?
Ou estarei eu a criar um buraco dentro de mim, ao qual será mais tarde difícil de tapar?

... A vida é como um jogo, sem se tentar, nada se consegue, tenho um grande defeito entre muitos outros pequenos em relação a maioria dos homens, ligo-me facilmente ao amor, como se esse meu sentimento tivesse a velocidade da luz, coisa que é defeito pois poderei não ser correspondido e a amargura, desilusão e tristeza tomará posse sobre meu corpo e mente e me jogará nas profundezas de um grande poço vazio que ficará cheio com as minhas lágrimas, supero qualquer dor e qualquer tortura, mas não estou treinado para superar a dor do amor e a tortura de desprezo de quem a chama cresce a cada dia passa.

Vou parar com a escrita por hoje ela já adormeceu, manterei a chamada ligada e usufruir do momento até a chamada cair e então dormir com esta deusa ao meu ouvido.